Os laços criados em uma boa relação psicanalítica tem nos mostrado, dia após dia, com o apoio de diversas pesquisas realizadas no campo das neurociências, o seu potencial de transformação, propiciando crescimento e expansão mental àqueles que usufruem da prática. Durante o processo psicoterapêutico, o desejo de mergulhar nas águas do desconhecido, acompanhado de um profissional devidamente capacitado para a compreensão dos tipos de vínculos ali presentes, é a chave para a busca do conhecimento das angústias e memórias sensoriais mais profundas, que precisam de símbolos, sonhos, e que permitam, assim, a elaboração de uma capacidade imaginativa suficientemente boa, essencial para um saudável funcionamento do aparelho psíquico. Estes primitivos sentimentos, associados à pensamentos que se encontram imobilizados inconscientemente, fonte da origem de inúmeras doenças, quando em movimento, preparam um terreno fértil para que brotem as verdades emocionais no encontro entre psicoterapeuta e paciente, e deste modo, as novas formas de visão da realidade subjetiva pessoal, e compartilhada, podem vir a ser construídas a quatro mãos.

“Quando sonho os sonhos não vividos, realizo-os em um piscar de olhos, ao levantar das pálpebras, naquele instante, o mundo já não é mais o mesmo, tenho alguém para compartilhar o que vejo”.